O Dia da Consciência Negra: Celebrado nesta quarta-feira (20), marca pela primeira vez o reconhecimento como feriado nacional.
De acordo com dados da Anistia Internacional e do Atlas da Violência, as mulheres negras representam 62% das vítimas de feminicídio no Brasil. Enquanto a taxa de assassinatos de mulheres brancas diminuiu nos últimos anos, a de mulheres negras cresceu, evidenciando uma exclusão social que vai além das estatísticas. As razões incluem dificuldades no acesso à justiça, discriminação institucional e a invisibilização dessas mortes pela sociedade e pela mídia.
Casos como os de Bruna Quirino, influenciadora digital assassinada pelo marido, e Geordana Farias, modelo morta pelo ex-namorado, ilustram a gravidade da situação. Bruna, que dava dicas de cabelo afro, era uma figura de empoderamento em sua comunidade. Sua morte gerou comoção e indignação nas redes sociais. Geordana, por sua vez, teve sua história marcada por manifestações que clamavam por políticas públicas mais eficazes de combate à violência de gênero.
Além do impacto devastador no âmbito individual e familiar, esses crimes reforçam a urgência de ações estruturais. Entre as medidas essenciais estão a ampliação de delegacias especializadas, o fortalecimento de redes de apoio, e campanhas educativas voltadas à desconstrução do machismo e do racismo estrutural.
Neste Dia da Consciência Negra, ao mesmo tempo em que celebramos as conquistas da população negra, é fundamental ampliar o debate sobre como proteger e valorizar a vida das mulheres negras, assegurando que sua luta por igualdade e respeito seja prioridade em todas as esferas da sociedade.
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